quinta-feira, 18 de março de 2010

"Bom mesmo era no tempo da palmatória": a educação à época de nossos avós.

Em entrevista com a senhora Maria Alice S. Silva, 52 anos, a moradora do Loteamento Açaí relatou que “hoje o ensino mudou muito... na minha época o ensino era diferente... o professor tinha autoridade. Uma vez, uma amiga de infância, por a professora ter achado que ela tinha falado alguma coisa, por esse gesto mandou que ela ficasse de joelhos por uma hora na areia quente de baixo da bandeira nacional. Todo dia tinha a leitura... quem errasse uma palavra a professora determinava que o aluno escrevesse cem, duzentas vezes e se algum aluno se recusasse ficaria atrás da porta em pé ou pegava reguadas, puxão de orelha, que às vezes sangrava”. Finalizou nossa entrevistada, dizendo que concordava com essa forma, pois se “aprendia e não tinha [naquela época] tantos meninos delinquentes e de rua”.Em decorrência dos avanços pedagógicos e legais, essa prática já não é mais possível na atualidade. É considerada tradicional e arcaica, porém ainda hoje é comum nas escolas o ato de passar provas, exames, atribuir notas, tendo em vista a reprovação do aluno, procedimentos que têm cunho eminentemente quantitativo. Nessa abordagem, o ato de educar se confunde com manipular, coagir, memorizar e a avaliação assume um caráter seletivo e competitivo.

O relato acima e a vivência atual nos remete a um tema muito discutido, que é avaliação educacional que tem um papel preponderante na vida do educando, uma vez que se for eficaz contribuirá para a melhoria da qualidade da aprendizagem e do ensino. “Atualmente, a avaliação assume novas funções, pois é um meio de diagnosticar e de verificar em que medida os objetivos propostos para o processo ensino-aprendizagem estão sendo atingidos” afirm  Regina Célia Cazaux Haydt no livro Didática Geral. Nesse contexto, entendemos que a autora nos deixa claro que a avaliação é de dimensão orientadora, pois permite ao professor ver se as suas metodologias estão adequadas, em que aspecto a turma não está conseguindo evoluir, o que pode ser mudado ou conservado para o benefício dos educandos e principalmente tomar atitudes éticas na hora de avaliar. Assim, está possibilitando ao aluno que tome consciência de seus avanços e dificuldades para continuar progredindo na construção do conhecimento.
Considerando tais fatores, a escola deve ser um ambiente aonde o aluno socialize, participe, construa o conhecimento junto ao professor de forma amorosa. Assim, o educando passa a ter responsabilidade, autonomia, liberdade para saber o que quer e não o que querem para ele. Logo, devemos levar em consideração as condições do ambiente, do objeto de estudo a ser analisado e das diversidades culturais que cada sujeito aprendiz apresenta, tendo como foco o alcance de determinados estágios de desenvolvimento cognitivo. Como bem cita a senhora Alice “se aprendia, não tinha tantos meninos delinqüentes”, mas hoje o tempo mudou e a sociedade também. Na contemporaneidade, estamos em um momento tecnológico em que se exige mais do individuo. Nesse sentindo, descobrimos o ser humano de maneira mais completa e complexa, com isso exige-se mais da educação que evoluiu tanto quanto a nossa condição humana. 

Autores: Amália Brito; Adel da Silva; Eliene de Souza e Isabela Rolim.

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